No 14º dia da série Retratos da Consciência Negra, seguimos ouvindo e valorizando vozes que revelam coragem, consciência e beleza na vivência da identidade negra. Hoje, apresentamos Carolin Siqueira dos Santos Cerri, 27 anos, conselheira tutelar, cuja reflexão traduz firmeza, orgulho e um chamado à valorização cultural.
Para Carolin, ser uma pessoa negra significa força, beleza e resistência. Ela reconhece que, mesmo nos dias de hoje, a caminhada ainda é marcada por desafios — desde o racismo diário até os pré-julgamentos que surgem apenas pela cor da pele. “Nós, pessoas negras, sabemos o quão difícil ainda é ser negro”, afirma, apontando para uma realidade que persiste e exige transformação.
Sua percepção revela não apenas a dureza enfrentada, mas também a potência de existir e resistir em meio às adversidades. Em suas palavras, ecoa o entendimento de que identidade é força — e que reconhecer isso é também um ato de autoestima e afirmação.
Carolin destaca ainda a riqueza da herança africana presente em nosso cotidiano: “Nossa cultura é linda.” Para ela, é essencial que a comunidade tenha mais contato com a cultura negra no dia a dia, valorizando saberes, expressões e histórias que formam quem somos como sociedade.
Com sua voz, Carolin reforça que celebrar a consciência negra é, sobretudo, reafirmar a dignidade, honrar a ancestralidade e lutar por um presente mais justo.