História Voltar

Por volta de 1700, os primeiros jesuítas espanhóis chegaram na região e encontraram somente índios, conhecidos pelo nome genérico de Caigangues ou Coroados. As primeiras tentativas de adentramento do território tinham como objetivo a caça ao gado e a dilatação de fronteiras. O povoamento aconteceu no ano de 1840, com a chegada do primeiro proprietário da Fazenda do Prata, Bernardo Fialho de Vargas, natural de Taquari. A Fazenda do Prata limitava-se com a Fazenda São João, de João Mariano Pimentel, poderoso tropeiro paulista.
              Bernardo de Vargas, achou que a área era muito perigosa por existirem muitos indíos aqui,  e por isso, vendeu a Fazenda do Prata ao lagunense Manoel Pereira Vieira, que foi o primeiro a se estabelecer aqui, vindo a falecer com 85 anos em 20 maio de 1902. Neste período a Fazenda passou a denominar-se Fazenda dos Vieiras. Outros pioneiros foram Joaquim Antonio Fernandes e João de Souza Dias, que foi o primeiro proprietário da Fazenda São Crispim, localizada no Chimarrão.
O distrito de André da Rocha, na época, pertencia a Lagoa Vermelha e foi criado pela lei número 32 de 08 de novembro de 1904 e contava, nesta data, com oito habitações e uma Capela. Os primeiros sintomas de progresso da Vila surgiram com a fundação de uma fábrica de laticínios o que deu margem para que a Vila fosse conhecida por muito tempo como “Fábrica”. Em 1905, foi instalado o Cartório de Registro Civil, tendo como primeiro titular Renato D’Avila.
                Em 1918, surgiu o primeiro estabelecimento comercial de propriedade de João Crispim Dias em sociedade com Amantino Vieira Hoffmann. Mais tarde, esse estabelecimento foi adquirido por Tarquínio Calliari. O primeiro médico também estabeleceu-se na comunidade nessa época, Miguel Ângelo de Pata. O primeiro Juiz da Comarca de Lagoa Vermelha, Manoel André da Rocha, foi quem criou o Distrito, que em sua homenagem levou o nome de André da Rocha. Mais tarde, nomeado Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, chegando à Presidência do mesmo. Ainda foi o primeiro Reitor e Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, criando a faculdade de Direito.
          André da Rocha tem como peculiaridade o menor colégio eleitoral do Estado e uma vasta área territorial, com sua maior parte da população situada na zona rural.
          Embora o município seja um dos menores do estado, tem como tradição de seu povo, promover grandes eventos, como rodeios e bailes, além disso, a Expo André é a segunda maior exposição de animais em galpão do estado.
          E foi por essas coisas, que o município adotou o slogam “Pequeno, Grande Pago!”
          O município emancipou-se em 12 de maio de 1988, segundo a Lei número 8.629 do município mãe Lagoa Vermelha.

DADOS GEOGRÁFICOS

André da Rocha é o divisor da Serra Gaúcha com os Campos de Cima da Serra. Suas coordenadas geográficas são: 28 37’ 50” de latitude Sul e 51 34’ 18” de longitute.
 
Localização
             O município de André da Rocha situa-se na Encosta Superior do Nordeste, funcionando como um divisor entre a Serra e o início dos Campos de Cima da Serra. Possui uma superfície territorial de 322 km quadrados. Limita-se com Lagoa Vermelha ao norte, Protásio Alves e Nova Prata ao Sul, Muitos Capões a leste, Ipê a sudeste e Guabiju a Oeste.
 
Relevo
             Apresenta um relevo de Planalto em que predominam as coxilhas levemente onduladas em sua maior parte, com uma pequena área mais acidentada próxima ao Rio Turvo. A altitude média está na faixa dos 800 metros em relação ao nível do mar.
 
Clima
            Clima temperado com as quatro estações bem definidas, invernos rigorosos e verões amenos.
 
Hidrografia
            O rio mais importante é o Turvo, afluente do Rio das Antas. O município é banhado por mais dois rios: o da Prata e o Chimarrão.
 
Vegetação
            As matas nativas são repletas de araçás, camboins, canelas, camboatás, pitangueiras, cerejeiras, sendo que os pinheiros sobressaem soberanos em toda a região.
 
População
Classifica-se como um dos municípios de menor população do Estado. 1266 habitantes, segundo o IBGE 2007, sendo distribuídos 33,6% na zona urbana e 66,4% na zona rural.

SÍMBOLOS

Brasão Municipal: descrição da representação gráfica
 
Escudo dividido em quatro setores:
No primeiro, ao alto, o Morro da Vigia, marco histórico na vida de André da Rocha.
No segundo setor à esquerda, um bovino, uma das riquezas do Município.
No terceiro à direita, um pé de soja, também uma das riquezas do Município, ambos, segundo e terceiro, sobre fundo cinza.
No quarto setor, uma coxilha com pinheiros, paisagem que se descortina por todo município.
Acima do escudo, duas lanças com galhardetes verdes, lanças estas que representam os poderes executivo e legislativo do município.
Como apoio de base, uma faixa em vermelho, estilizada, com dizeres em negrito “André da Rocha”, 12-05-1988, data de sua emancipação política. Em cima, um sol que representa o nascer do novo município.

HINO

Esperança da terra sulina.
Para o alto erguei vosso olhar,
Ao altar das coxilhas andrinas,
Que divinas devemos amar.
 
Tua terra será meu encanto,
Teus destino meu grande fanal,
Minha vida te dou neste canto,
Teu recanto será imortal.
 
Salve André da Rocha,
Novel Município
Todo feito de luz e valor.
Solo santo no qual eu palpito,
És bendito,
És meu grande Amor.
 
Autor: Frei Dorvalino Sorgatto