No oitavo dia da série Retratos da Consciência Negra, seguimos celebrando histórias que iluminam a força, a beleza e a diversidade da identidade afro-brasileira. Hoje, damos voz a Maria José do Nascimento de Oliveira (Nica), 41 anos, trabalhadora doméstica, mulher de fibra e orgulho, que carrega na pele e na trajetória o significado profundo da resistência.
Para Maria José, ser negra é motivo de orgulho e afirmação, uma identidade que vai muito além da cor da pele — é uma experiência vivida, marcada pela luta constante contra o racismo e pela coragem de existir plenamente. Ela enxerga nessa condição não apenas um pertencimento, mas também uma força coletiva que impulsiona a mudança social.
Ao refletir sobre a cultura negra, Maria José a descreve como base fundamental de sua existência e identidade. É dela que vem a determinação, a inteligência e o orgulho que carrega no coração. Uma herança viva, que molda quem ela é e a conecta às raízes de um povo que sempre transformou dor em potência e resistência em arte.
Em sua mensagem à comunidade, Maria José deixa um recado que ecoa com firmeza e emoção:
“A beleza da resistência negra está em cada rosto, história e conquista. Hoje e sempre, somos resistência.”
Com palavras verdadeiras, Maria José nos recorda que a luta e o orgulho de ser negro não cabem apenas em um dia: são sentimentos que se renovam a cada amanhecer, alimentados pela coragem de quem jamais deixa de acreditar em um futuro mais justo e igualitário.